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Entrevistas

Entrevistas

2011-03-17

 

Slash culpa Axl Rose pela searação do Guns N´Roses


O Bangkok Post conduziu uma entrevista com o guitarrista Slash.

Alguns trechos seguem abaixo.

Sobre sua famosa cartola: “Apenas se tornou algo. Comprei numa loja em um dia, com um descontão. Sempre gostei de chapéus, e vi aquele. Pensei que era legal, e foi algo que comecei a usar sempre. Não planejei que fizesse parte da minha imagem. Apenas me sentia confortável com ele. Eu tinha 19 ou 20 anos.”

Sobre “Sweet Child O’Mine”, primeiro top hit do Guns N’ Roses: “Obviamente, não sabia que era um bom negócio. Apenas achei que era um riff interessante. Não tinha a menor ideia que se tornaria algo tão icônico como se tornou. Você apenas tem um riff, e pensa ‘oh, isso soa legal’.”

Sobre uma possível reunião do Guns N’ Roses: “Já se passaram cerca de 15 anos. Nenhum integrante original disse ‘vamos tentar juntar a banda novamente’. E trata-se apenas de Axl Rose. A razão que fez todos saírem foi porque, no fundo de sua mente, acho que é o que ele queria. Então o que justifica não haver Guns N’ Roses é Axl. Não tenho nada a fazer em relação a isso. Saí pela mesma razão que todos saíram. Então esse é o problema.”

Sobre a mais recente geração de guitarristas: “Não têm muitos guitarristas os quais estou ouvindo agora. Mas você sabe, a geração após a minha tem pessoas como Jerry Cantrell, Tom Morello, Kim Thayil, entre outros. Esses caras são ótimos. Agora os guitarristas são um pouco nebulosos. Existem vários shredders em várias bandas diferentes, mas não poderia falar sobre eles separados. Nessa nova tecnologia, por um lado é incrível como tudo é conveniente, e como podemos fazer tudo tão rápido. Muitas coisas diferentes para se fazer com apenas um botão. Mas no ponto de vista do áudio, o som sofre como consequência.”

Retirado de: Whiplash

2011-03-12

Duff Mackagan fala sobreseu novo álbum e a razão Guns N´Roses não se unir

Além disso, ele conta à Rolling Stone que “não há uma posição” a respeito de um novo vocalista para o Velvet Revolver

O baixista original do Guns N' Roses, Duff McKagan, pode ser agora um guru das finanças, mas isso não quer dizer que ele parou de fazer música: no dia 19 de abril, ele lançará The Taking, o terceiro álbum de sua banda atual, Loaded. Uma versão em vinil o antecederá em uma semana, enquanto o lucro dos downloads da faixa "Fight On" serão doados ao Puget Sound Healthcare System Veterans Administration (organização de saúde destinada a veteranos do exército norte-americano). Ele recentemente falou com a Rolling Stone sobre o novo álbum, sua luta contra o vício, jogar Scrabble no ônibus da turnê e a realização de um excêntrico filme baseado na banda cuja trama envolve um baterista sequestrado, uma cabra e o Esquema Ponzi.

Vamos falar sobre o novo álbum do Loaded, The Taking.
Foi o primeiro disco que o Loaded fez, logo após o término de uma turnê. Eu acho que em muitas bandas, quando você viaja em turnê - pelo menos as bandas das quais fiz parte - as músicas que você acabou de gravar no disco você sempre acaba tocando de maneira mais pesada. Saindo daquele disco Sick, fizemos uma porrada de shows e [o som] só ficava mais pesado e mais alto. Estávamos compondo riffs, e são quatro caras. Tem testosterona, adrenalina, cafeína - todas essas coisas boas que fazem parte do processo de composição. Nós saímos daquela turnê e começamos a fazer demos das músicas no estudiozinho de Pro Tools do nosso baterista Isaac. Ele tem uma bateria de verdade lá, então não era como se a gente estivesse tocando essas músicas com baterias eletrônicas. Era, tipo, "estamos tocando essas músicas".

Terry Date trabalhou como produtor.
Ele ouviu algumas das nossa demos, levantou a mão primeiro e disse "eu quero fazer esse disco". Não somos uma banda de uma grande gravadora e o Terry é um cara de pensamento avançado. Cada vez menos bandas estão em grandes gravadoras e ele meio que disse "produtores não vão conseguir mais suas enormes remunerações" e se ofereceu para uma parceria nesse disco. O que foi ótimo, ele simplesmente nos entregou tudo de bandeja e quentinho.

Eu ouvi dizer que tem um filme para sair este verão [do hemisfério norte] também intitulado The Taking.
Não somos uma banda que não enxerga o humor que há na coisa toda - isto é, em fazer parte de uma banda de rock. O assunto retratado no disco é meio pesado, mas somos uma banda que tem um muito contraste. Temos discussões pesadas no ônibus sobre política e tudo mais. As pessoas sempre têm ideias prá-concebidas do que músicos são - especialmente músicos do rock. E se você embarcasse no nosso ônibus, veria que é um verdadeiro festival nerd. Tem Scrabble, palavras cruzadas, livros e debates. Mas tem muito humor. Fizemos alguns vídeos para a internet para o nosso disco Sick, uns episodiozinhos para a web divertidos. Quando estávamos em estúdio com o Terry, tomávamos muito café e tínhamos umas ideias geniais às 9h30 que, por sorte, em sua maioria, não passavam muito das 10h. A gente dizia "esse disco soa cinemático, temos que fazer um filme"! Então pensamos nessa ideia tipo A Hard Day's Night, em que o disco é a trilha sonora, com pouco diálogo, sobre o nosso baterista sendo sequestrado por um estado soviético. Eles estão com ele e têm um valor de resgate. Ele teria feito algo durante a turnê com uma cabra que é ilegal nesse país. Tudo isso acontece em um dia. Nós temos que arrecadar o resgate e eu caí em um Esquema Ponzi. É só uma coisa daquelas excêntricas e tem ótimas participações especiais.

Você tem um livro que será lançado este ano.
Se alguém é fã das minhas colunas [no sites seattleweekly.com, playboy.com e espn.com] mais do que minhas bandas de rock... porque não é minha história, exadatemte, na realidade não é nem mesmo minha autobiografia ou memórias. Eu acho que esse termo é usado em excesso. É a história de algumas merdas que aconteceram comigo mas, provavelmente, não as [coisas] típicas que as pessoas poderiam esperar. Não é a minha história do Guns N' Roses ou do Velvet Underground. Todas essas coisas meio que fazem parte dele, porque são coisas pelas quais passei conforme me aprofundava mais e mais no vício e nas tentativas de sair dele. Foi desafiador reviver algumas dessas coisas nas quais eu não pensava fazia muito tempo. E escrever te força a assumir seu próprio papel na sua vida, o papel que você realmente teve - diferente daquele que você acaba inventando depois.

Qual é o título do livro?
Ele se chama It's So Easy and Other Lies.

Qual a posição na procura do Velvet Revolver por um vocalista?

Não há nenhuma posição. Eu estive agora no Reino Unido, então estou dolorosamente ciente do Corey Taylor - me perguntaram umas mil vezes sobre isso [boatos davam conta de que, recentemente, o cantor do Slipknot fez um teste para a vaga]. Não há nenhuma posição - o Slash tem estado em turnê, eu estou começando uma turnê. Nós tocamos com caras realmente bons e eu acho mesmo que o Corey Taylor é, provavelmente, o cara mais inteligente que já esteve em frente a um microfone em muito tempo. Mas, após ter dito isso tudo, não há um cantor para o Velvet Revolver.

Gostaria de comentar sobre o rumor recente de que foi pedido para que o line-up original do Guns N' Roses se reunisse e tocasse no intervalo do Super Bowl no ano que vem?
Isso é papo furado. Papo furado puro e completo. Mas é uma boa história. Sabe, eu fiquei sabendo pela minha esposa! "Ei, está sabendo que o Super Bowl está convidando vocês...". Eu fiquei, tipo, "querida, sério?". Até na minha própria casa você não consegue diferenciar o que está sendo dito na internet e a história real. Falei "querida, sou eu. Você não acha que talvez eu saberia a respeito disso?"

O que seria necessário para que o line-up original do Guns N' Roses se reunisse?
Nós precisaríamos de sete pombas douradas. Eu não tenho uma resposta para isso. Mas eu preciso arranjar uma boa. Precisaríamos de uma sede secreta... em uma ilha.


Fonte: rollingstone.com.br

2011-03-05

Bumblefoot´´acham que somos aqueles caras do appetite

A Radio Metal recentente fez uma entrevista com o guitarrista do GUNS N´ROSES Ron "Bumblefoot" Thal; acompanhe um trecho da conversa:

Radio Metal: Como está a formação atual do Guns?

Thal: Se tivéssemos uma foto da formação atual da banda, então as pessoas poderiam dizer, "Ah sim, eles são uma banda", mas nós não temos uma merda de uma foto de uma banda de verdade ou algo parecido! Portanto, ainda não nos apresentamos para o mundo como uma banda, embora sejamos uma. As pessoas que nos conhecem sabem, mas o resto do mundo pensa que nós somos aquele grupo de cinco caras das imagens da época do 'Appetite', e isto não ajuda em nada! Eu queria que nós pudéssemos fazer mais em prol da banda, fazer com que ela seja do jeito que deveria ser, sem sombras do passado.

Radio Metal: O Guns N´Roses sempre começa os shows com atrasos, porque acontece?

Thal: Bem, em primeiro lugar, as pessoas não percebem que é um grande show, com tanta coisa acontecendo e que dura no mínimo 45 minutos. Eu chego cedo. Pego a primeira van que consigo pegar e vou para o hotel jantar, geralmente alguém já está lá, ou da banda ou da equipe. Pego meu violão para me aquecer um pouco antes de assitir o show de abertura. E é isso. Então eu tenho certeza de que o meu trabalho será bem feito e é só esperar para entrar no palco. "Quem atrasa os shows então?" Eu sei quem você está pensando mas não vou cair nessa (risos). Quero dizer, as vezes acontece por razões estúpidas. Houve uma vez que o Axl e o motorista se perderam a caminho do show, eles demoraram meia hora. Quando ele chegou todos estávam zangados, tipo: "Que porra é essa? O que aconteceu?". Pra você ver, o hotel ficava a cinco minutos do lugar do show, e eles conseguiram se perder, aí é foda.

Radio Metal: Sobre os futuros planos do Guns N´Roses?

Thal: Se você me perguntar sobre os meus planos, posso dizer-lhe todos os tipos de planos que tenho para o futuro e o que vai acontecer, agora se perguntar sobre o futuro do GN´R, será uma dúvida, que realmente é. Nada está escondido mas também nada está previsto (risos), é uma coisa estranha, cara.

Radio Metal: O que você sentiria se o GN´R fizesse uma reunião da formação clássica da banda?

Thal: Se este reencontro acontecer, eu espero que eles me dêem dois ingressos para mim e minha esposa (risos).

2011-13-02

Slash falando sobre a ´´slasher films´´ em entrevista

Segue abaixo a tradução de um trecho da entrevista de Slash ao Entertainment Weekly, onde ele fala sobre seu novo empreendimento, a Slasher Films.

De onde veio a idéia de se envolver com a produção de filmes de terror?

Slash: Meio que caiu no meu colo. Rob Eric da Scout Productions é amigo da minha mulher, e uma noite nós ficamos acordados a noite toda falando sobre filmes de terror.Eu sou um fã de filmes de terror a vida toda, e tenho um conhecimento um tanto quanto avançado sobre eles. Rod disse, “Você deveria começar com uma companhia de produção e se envolver com filmes de terror. Você poderia chamá-la de Slasher Films - é perfeito!”, e eu meio que, “Foda!”, então decidimos começar com isso.

Existe um buraco no presente momento na indústria de filmes de terror que você pretende preencher?

Slash: O grande fato pra mim é, eu fui criado no meio de grandes filmes de terror. Mas filmes de terror sofisticados e dramáticos morreram no fim dos anos 80, e agora eu meio que perdi o interesse em sair e ver filmes de terror porque geralmente são sangrentos demais e não muito criativos. É tudo sobre o sensacionalismo e o choque que ele causa. O que eu quero trazer de volta é o drama, inteligência e humor dos filmes de terror - filmes que tenham profundidade.

Que tipo de filmes você está desenvolvendo?

Slash: Nós temos quatro excelentes roteiros que vamos iniciar a produção um logo após o outro. O primeiro tem o título tentador de "Nada A Temer", que vai ser iniciado esse ano. É uma história demoníaca muito bem escrita. É basicamente sobre uma família cristã temente a Deus, que se muda para uma pequena cidade no Kansas chamada Stull, que sem o conhecimento deles, é um dos sete portões para o inferno, e eles foram atraídos para lá para um sacrifício anual, para saciar a sede de sangue do demônio que aparece todo ano - do contrário a cidade entra em colapso. O irônico é que Stull é uma cidade verdadeira que tem esse mito na Internet: de fato, se supõe que lá é um dos portões para o inferno e o Papa não sobrevoa por lá. Eu procurei por isso e me espantei. Temos um outro roteiro chamado 'Teorema' que se trata de um matemático que descobre uma equação para o mal e então, claro, tem-se todo o inferno que vem junto com ela. Temos outra chamada 'Acorde para a morte', que é basicamente uma história jovem e moderna de Frankenstein sobre um brilhante estudante que descobriu sobre como reanimar tecidos mortos - mas pelo fato de ser um adolescente ele exagera um pouco. O último é 'O Outro Reino', que é sobre um hospital metropolitano onde os pacientes foram atingidos por uma epidemia que os transformou em zumbis matadores e os funcionários ficam presos lá com eles.

Rob Zombie também foi do Heavy Metal para a produção de filmes de terror.

Slash: Eu não falei com ele desde que me envolvi nisso, mas ambos temos uma afeição por filmes de terror. Eu respeito muito o Bob. Fiquei surpreso que ele pôde reerguer a franquia Halloween e fazer um bom trabalho com ela. Mas isso tudo é uma processo de aprendizagem pra mim agora. Até agora, tudo tem se baseado em conhecer muita gente no negócio de filmes e entender os termos de diretor e atores, além de ficar com um grupo de pessoas a qual não estou muito acostumado. Bem, veja, não tenho muito a perder.

2011-02-02

 ´´Sempre me avisam tudo em cima da hora´´ diz Ron

Rick Landers, do Guitar International, entrevistou recentemente o guitarrista do GUNS N' ROSES, Ron "Bumblefoot" Thal. Seguem alguns trechos da conversa.

Guitar International: O GUNS N' ROSES vai pra estrada em fevereiro, certo?

Ron: Deveríamos ir, mas de repente tudo silencia. Eu não acho que vá acontecer. Estamos há poucas semanas de fevereiro e ainda não vi sequer uma única data confirmada. É o tipo de coisa onde você tem uma turnê que está se concretizando, mas é tão complicado nesse nível com produtores e agenciadores e diferentes promoters e locações e itinerário e a produção. O produtor tem de conseguir como fazer o gancho do ponto A para o ponto B o tempo todo, sem nos quebrar, e garantindo que o pessoal esteja disponível. Com tudo, tudo que precisa é um elo para simplificar as coisas e tudo se resolver. Então, eu não sei qual é a situação dessa turnê nos EUA que eu tenho esperado tão impacientemente. Faz cinco anos que tocamos nos EUA. Ano passado nós fizemos alguns shows acústicos em Nova Iorque, no mês de fevereiro, mas não uma turnê de verdade. Alguns shows em maio e setembro de 2006 e então uma turnê de outono de outubro a dezembro.

Guitar International: O que isso significa para você? Quer dizer que você tem de deixar os meses de fevereiro e março em aberto para qualquer outra coisa que você queira fazer?

Ron: Esse é sempre o dilema. As coisas se arranjam tão rapidamente com o GUNS N' ROSES que eu sou avisado com uma semana de antecedência.

Guitar International: Nossa.

Ron: Na verdade, quando eu entrei para a banda, eu só tive uma semana para aprender todas as músicas e então ir para a estrada. E era para aprender as músicas do "Chinese", eles não me davam uma cópia porque eles estavam tão preocupados com vazamentos. Eu tive de aprender tudo isso com um par de fones de ouvido na sala de ensaio, com um laptop, só escutando e tomando notas.

Guitar International: Isso é como aprender a tocar guitarra nos anos 50 e 60 com radiolas. Loucura.

Ron: Sim, então com o GUNS o que vai acontecer é que vou receber um aviso com uma semana de antecedência. Eles dirão: "Certo. Vai acontecer. Estamos mandando seus ingressos por FedEx." O lance é, para o resto do mundo, se você quer planejar algo, exige-se meses de antecedência. O que poderia acontecer é que eu planejaria uma turnê para daqui a cinco meses e quando chegasse a hora o GN'R diria: "Certo. É hora de fazermos algo", e eu teria de cancelar. Fica impossível fazer planos. Tudo o que posso fazer é planos a muito curto prazo, que não exigem muito compromisso, e se eu tiver de quebrá-los eu não vou machucar muita gente. Eu passei a evitar tocar ao vivo e fazer shows por causa disso, porque se eu tiver de cancelar um show, eu poderia desapontar só algumas centenas de pessoas, com sorte – ok, talvez 100. [risos] Se for só um meet-and-greet ou coisa parecida, seria a mesma coisa, mas não é como se eles tivessem gasto muito dinheiro e feito muitos planos. Não é grande coisa cancelar. Então eu tenho feito mais meet-and-greets e não tantas performances que não sejam umas jams rápidas. Como as que toquei na Austrália e onde fiz jam com o FOZZY.

2011-02-02

´´Eu ainda amo miojo´´diz Slash

Para um homem que se divertiu o suficiente em 10 encarnações, o ícone da guitarra SLASH não poderia estar mais feliz – apesar da queda constante na popularidade do rock.

O ex-guitarrista do GUNS N’ ROSES está excursionando com sua banda solo e assinou para ser a abertura de OZZY OSBOURNE em uma das maiores turnês da temporada.

Ozzy ficou famoso por fazer coisas loucas – como morder a cabeça de uma pomba – e fora dele – como ser preso por urinar numa parede do [monumento estadunidense no Texas] Álamo. Mas o ex-vocalista do BLACK SABBATH está relativamente calmo hoje em dia, e quanto a Slash, ele trabalhou com Axl Rose e Scott Weiland no passado, então, em perspectiva, tudo é uma mamata.

“Eu acho que você pode dizer que eu trabalhei com alguns cantores difíceis de lidar, mas Ozzy é uma das pessoas mais profissionais que eu já vi”, disse Slash, quando nos telefonou outro dia numa pausa entre shows. “Mesmo lá atrás, quando ele estava fora de controle, uma coisa na qual você sempre podia contar no Ozzy é que ele faria o show. Isso nunca foi um problema. Eu posso lidar com toda a loucura do mundo, desde que você faça sua parte do show. Ele é uma porra duma máquina.”

O legado do GUNS N’ ROSES, considerado pelos estadunidenses como o Led Zeppelin da geração baby boomer, tem sido manchado por Rose ao continuar usando o nome com resultados variados – e sem os originais Slash, Duff McKagan, Steven Adler e Izzy Stradlin.

Mas Slash não liga. Ele tem milhões de dólares e é uma lenda por mérito próprio, então ele não está mais caçando fama e fortuna; ele apenas quer fazer som, como quando ele tinha 19 anos de idade. “O dinheiro não tem mais relação com o porquê do que eu faço”, disse Slash. “É um clichê, mas o rock é o que eu vivo e respiro, e há uma certa vibração e espírito que ainda me impulsiona pra sempre e sempre o fará. Quero dizer, sim, há altos e baixos nesse negócio, mas é o que eu faço apesar de haver tantas bandas hoje em dia que não conseguem nem por o pé na porta.”

Saindo da Sunset Strip no fim dos anos 80, Slash e o Guns N’ Roses sobreviveram por anos com uma dieta de Jack Daniels e macarrão instantâneo. Ele parou de beber e usar drogas anos atrás – ele já gastou mais do que sua cota –, mas envergonhadamente admite ter um carinho por Miojo, uma característica dos músicos magrelos naquela época.

“É engraçado, eu ainda como muito Miojo,” disse Slash. “Eu acho que eu não curto muito comidas complicadas, especialmente dentro de um ônibus de turnê”.

E as memórias que o Miojo traz durarão uma vida – memórias boas, não ruins. “Quando o Guns N’ Roses ficou realmente grande, nós saímos para abrir shows do Aerosmith em estádios, então, uma vez que isso rolou, tudo aconteceu muito rápido”, disse Slash. “Mas olhando pra época, aquela foi a melhor. Havia apenas a fome e eu curtia aquilo. Aquele sentimento suarento, muito íntimo quando apenas um grupo de pessoas seletas amam sua banda, e você está construindo e excursionando. Isso é o rock n’ roll. Quero dizer, quando você explode é ótimo, mas a dura escalada até o topo, essa é a parte que eu curto. Nós nos divertimos muito, mesmo que não soubéssemos disso naquele tempo.”

Slash já foi perguntado um milhão de vezes sobre suas ideias de uma reunião do Guns N’ Roses, com todos os membros originais – ele e Axl não estão muito de boa já faz muitos anos –, mas quando um repórter coloca a coisa de um jeito diferente, Slash é pego de surpresa: E se Axl Rose ligasse pro seu celular amanhã pela manhã e se desculpasse por tudo, e prometesse fazer o que fosse necessário para fazer uma reunião dar certo?

“Pelo jeito da coisa, essa seria uma ligação que eu ficaria surpreso de receber”, disse Slash. “Se isso realmente acontecesse, eu teria que limpar a minha gaveta também, mas eu não vejo isso acontecendo. Mas se acontecesse, eu faria o que pudesse para, pelo menos, poder conversar sobre o assunto.”

A bola está com você, Axl. O que nos traz de volta para o presente.

A dupla Ozzy/Slash parece ser alta diversão. Ozzy sempre toca todos seus sucessos, mas tem muito material do Black Sabbath, e Slash vai fuçar em material do Guns N’ Roses, Velvet Revolver e seu novo CD solo.

“Eu estou sóbrio, eu estou saudável, e eu ainda estou fazendo o melhor que posso dentro da razão”, disse Slash. “Eu ainda preciso estar no melhor da minha forma.”

2010-10-09

Confira A Entrevista Que O Slash Fez Para o Site "Classic Rock Revisted"

 

O site “Classic Rock Revisited” fez uma extensa entrevista com o lendário guitarrista Slash, na qual ele fala sobre disco solo, Fergie, Axl e muito mais. 

Slash retornou à grande fama após sua bem sucedida turnê européia de divulgação do seu autointitulado álbum solo, que estreou em 3º lugar nas paradas. Enquanto sua banda excursiona pelos Estados Unidos, Slash se prepara para lançar seu disco solo novamente, desta vez numa versão deluxe. A edição especial incluirá todas as 19 canções gravadas durante as sessões do álbum, além de um DVD contendo imagens ao vivo material bônus.

Nesta entrevista, Slash fala sobre como pensou em chamar seu ex-companheiro de Guns n’ Roses, Axl Rose, para cantar em seu álbum solo. Ele pensou em chamar o rei do Pop, Michael Jackson também. Slash revela que ele aparecerá no álbum solo de Fergie, e afirma que ela é uma rocker de coração. Nós também mergulhamos no passado e falamos sobre a criação de “Sweet Child O’ Mine” e sobre o dia em que Slash fez um teste para entrar a banda de Hair Metal, Poison.

Nós no conhecemos no “Green Room” durante o “VH1 Rock Honours”. Meu amigo, Ludovic, estava comigo e ele é de Paris. Nós começamos a conversar e ele te deu uns cigarros Gitanes.
Eu lembro vagamente disto. A razão de ser tão memorável é que aquela é a marca que eu gosto e elas são difíceis de serem encontradas. Eu tinha que contrabandeá-las.

Posso pedir que ele te arranje mais.
Eu parei de fumar. Há mais de um ano. Eu estava fumando três maços por dia. Eu estava fazendo o álbum, pronto para ir ao estúdio, mas peguei uma porá de pneumonia, porque estava trabalhando demais e não cuidava da minha saúde. Eu não fumei por duas semanas – eu tentei, mas não conseguia respirar. Após duas semanas, peguei meu maço de cigarros e pensei, “isto é burrice”. Se passaram duas semanas, já havia superado a abstinência. Também minha mãe havia morrido recentemente de câncer. Comprei os adesivos e uma porção de chiclete de nicotina, e não tenho fumado deste então. Eu ainda uso o chiclete, entretanto. Ainda sou viciado em nicotina.

Sinto muito em saber sobre sua mãe. Eu não estava sabendo.
Já faz um ano. Foi uma merda. Ela morreu de câncer no pulmão.

Tivemos um começo triste nesta entrevista. Temo que deixá-la positiva, porque há várias coisas positivas acontecendo na sua vida.
(risos) Aconteceu há algum tempo e se tornou parte do meu vernáculo. Desculpe quanto a isto. Seguindo em frente…

Como foi feita a criação do seu álbum solo e, então, retornar e lançar uma versão deluxe com mais músicas e um DVD?
A idéia era fazer este super álbum com todo este ótimo material, e eu também quis que todas as canções que gravei saíssem. Foram gravadas 19 músicas ao todo. Eu coloquei apenas 14 na primeira prensagem, porque é difícil forçar as pessoas a sentarem e escutarem 19 canções. Eu quis ter uma outra versão do álbum para poder colocar todas as músicas nele, e para fazer isto, tive que colocar outros materiais para torná-lo atraente. Já estávamos na estrada e pudemos conseguir ótimas imagens ao vivo. Colocamos um videoclip também e umas faixas acústicas.

Você atingiu o sucesso mundial com o Guns n’ Roses e com o Velvet Revolver, teve algum sucesso com o Snakepit também, mas este álbum está se mostrando um dos seus maiores sucessos. Você está surpreso com isto?
Tem sido muito, muito legal. Entrei nesta sem expectativas. Era apenas um escape para mim, porque realmente queria fazer um disco sozinho. Tive a idéia de ter vários convidados no meu álbum, porque sempre fiz várias aparições nos discos dos outros. Foi realmente um trabalho de amor. As pessoas foram ótimas e foi bem fácil de fazê-lo. Eu pude ver do que eu sou feito sem as idéias do resto da banda.

Sempre que faço um álbum, é uma desculpa para ir para a estrada. Eu encontrei o Myles Kennedy, que é um dos melhores vocalistas de Rock n’ Roll atualmente. Conseguimos juntar uma seção rítmica matadora e a banda é ótima. Nós temos recebido ótimos públicos rockers e tem sido maravilhoso.

Falaremos sobre Myles, mas antes vamos falar sobre Fergie. Sou um rocker e minhas canções preferidas no álbum são “Dr. Álibi” com Lemmy, “Ghost” com ia Astbury e “The Sword” com Andrew Stockdale, do WolfMother. A canção que eu queria odiar era “Beautiful Dangerous” com Fergie. Não consigo odiar esta música. Ela detona, cara! Realmente detona.
Fergie é estereotipada. É fácil fazer isto, porque ela está no Black Eyed Peas. Se não a conhecesse, não teria dito, “ei, vamos chamar aquela garota para cantar no meu disco”. Eu a conheci quando fiz uma aparição de improviso com o Black Eyed Peãs, e fizemos um medley de Rock. Nunca havia a encontrado. 

Estava participando deste evento para arrecadação de fundos – o evento era para isto – quando fizemos um medley de Rock n’ Roll. Ela começou a cantar, e eu fiquei, “uau”; porque ela cantou uma música do Led Zeppelin, “Barracuda” do Heart e “Live and Let Die” de Paul McCartney. Ela me deixou boquiaberto. Fiquei amigo dela, nos conhecemos melhor e acontece que ela uma garota do Rock n’ Roll. Ela começou em suas primeiras bandas tocando Rock n’ Roll.

Como quase toda mulher na indústria, ela encontrou uma entrada na Pop Music porque, atualmente, é quase que o único jeito de meter seu pé na porta. Ela obteve muito sucesso cantando Pop e se tornou famosa mundialmente por causa daquele grupo. E sabia, entretanto, que ela podia cantar pra caralho um Rock n’ Roll. Na verdade eu tinha uma canção e queria que uma garota a cantasse, e ela foi a primeira pessoa que veio á mente.

Ela canta alguma outra canção na versão deluxe?
Não, a outra canção que fiz com ela sairá no álbum solo dela – ela está fazendo um disco solo Rock n’ Roll. Escute, Fergie fez o lance dela no Black Eyed Peãs, mas quando ela está comigo ela mostra seu lado selvagem. As letras da canção são hardcore, no sentido sexual. Nós acabamos de fazer um vídeo pata “Beautiful Dangerous” que também mudar a imagem dela.

 Irei perguntar isto, porque não consigo evitar. Quando Myles Kennedy será oficializado como o vocalista do Velvet Revolver?
Há muitos boatos sobre isto. Não acho que irá acontecer – de fato, eu sei que não irá conhecer. Ele está numa banda chamada Alter Bridge e eles têm um novo álbum saindo. Nós faremos malabarismos entre o Alter Bridge e minha turnê solo no próximo ano inteiro. Estarei voltando para Los Angeles no próximo mês e irei trabalhar com Duff, Matt e Dave e alguns vocalistas para ver como eles se saem. Não há esforços sendo feitos para que Myles se junte ao Velvet Revolver.

Chame Fergie em seu lado selvagem…
Sem garotas naquela banda (risos).

Eu pensei em dois vocalistas que adoraria ter visto em seu álbum solo. O primeiro é um dos seus cantores de Rock preferidos, Robin Zander do Cheap Trick.
Robin é um dos melhores vocalistas de Rock n’ Roll de todos os tempos. Eu escrevi uma porção de material, e o primeiro vocalista que pensava para cada música era o que eu chamava. Nunca pensei em Robin para nenhuma daquelas faixas em particular. Se fosse fazer isto novamente, então ele seria um dos vocalistas com quem gostaria de trabalhar, se tivesse o material certo. Ele é um dos meus vocalistas preferidos de Rock. Me sinto uma merda agora. Eu realmente fui muito espontâneo nas minhas escolhas, dependendo da canção.

O outro vocalista é Axl Rose…
Serei honesto com você, mesmo sabendo que isto vai se tornar público. Quando estava no meio do processo, haviam vários nomes de vocalistas que passavam pela minha cabeça. Você está lá, vivendo na Terra dos Vocalistas e tudo o que você pensa é sobre cantores. O nome dele passou pela minha mente uma vez. Eu pensei, “Axl iria botar pra foder em todas estas canções”. Obviamente, nunca fiz a ligação, porque queria que o disco fosse lançado ainda neste milênio.

Ele poderia nunca ter aparecido.
Exatamente. O outro cantor, e já mencionei isto antes, foi Michael Jackson. O disco estava sendo feito bem quando ele faleceu. Antes disto acontecer, ele estava se preparando para fazer aqueles shows na “O2 Arena” em Londres. Eu pensei, “Não seria divertido ter Michael Jackson cantando uma canção Heavy Metal”? Isto passou pela minha cabeça, mas nunca me comprometi com isto.

Você deve estar cansado deste assunto, mas tenho que perguntar como você se sente sobre o Guns n’ Roses estar em turnê e você não estar fazendo parte. Isto te incomoda?
Já faz muito tempo, cara.

Eu sei, mas o Guns foi sua primeira grande banda. Eu penso que ela sempre será especial para você.
Muita coisa aconteceu para acabar assim. Quando deixei a banda, muito da razão foram as exigências malucas que Axl fez a Duff e a mim, um das quais dizia que nós teríamos que nos juntar ao novo Guns n’ Roses dele. Naquele ponto, eu percebi que tudo já tinha isso longe demais; estávamos acabados. Não muito depois disto, Axl acabou montando o Guns n’ Roses com seja lá quem for. Havia muita amargura naquele ponto que minha saída nunca me perturbou; eu realmente não me importava. Nós já havíamos passado por todo aquele lance dele ter pego o nome da banda e ser completamente sórdido com isto. Daquele ponto em diante, nunca me importei realmente com o que ele fez. E agora, 15 anos depois, eu estou na mesma. “Faça o que tem que fazer, cara”. Apenas estou feliz de ver que ele ainda estar por aí.

Suponho que isto esteja vendendo o catálogo antigo.
Nem ao menos isto… Apenas ele está de volta tentando fazer a banda funcionar.

Minhas duas últimas perguntas são divertidas. Sou um fanático por guitarras. Você se lembra do dia em que escreveu o riff de “Sweet Child O’ Mine”?
Sim, me lembro muito. Nós estávamos numa casa que uma companhia de empresariamento havia alugado para nós – eles estavam nos cortejando para serem nossos empresários. Era uma ótima em “Laughlin Park”, Califórnia. Nós havíamos reduzido a casa à sombra do que era há apenas algumas semanas.

Durante uma tarde, quando a fumaça ainda estava se dissipando da noite anterior, Duff, izzy e eu estávamos sentados no chão – não tínhamos mais nenhum móvel – e eu estava brincando com aquele riff. Com toda a honestidade, eu realmente não sei de onde o riff saiu, mas de repente começou a soar bem legal. Izzy começou a tocar um violão por trás e as mudanças de acordes começaram a aparecer. Axl estava no andar de cima, em seu quarto, e escutou a música. Alguns dias depois, após termos feito a estrutura simples de riff e acordes, Axl disse, “toquem aquela canção que vocês estavam tocando outro dia”. Nós ficamos, “que música?”, e ele falou, “aquela com o do dodo do doo do do”. Ele havia escrito algumas letras para ela sem que nós soubéssemos. Ela ficou pronta relativamente rápido. Começamos a ensaiá-la e a escrevemos do início ao fim naquela noite. 

A última: existe uma lenda de que você fez um teste para o Poison, mas que não passou. É verdade?
Sim, eu fiz. Eu estava morando em Los Angeles e tinha acabado de sair de uma banda com Axl, chamada Hollywood Rose. Steven Adler estava na banda também. Eu apenas saí. Disse a Axl que não podia mais agüentar aquilo e saí. Isto foi logo após a primeira vez que Axl e eu trabalhamos juntos. Matt, o guitarrista original do Poison, que inclusive era um cara muito legal, havia engravidado a esposa ou estavam para se casar, ou algo do tipo. Ele estava se mudando para a Pennsylvania. Ele falou, “você deveria fazer o teste para o Poison”. Eu odiava o Poison, mas naqueles dias você fazia o que tinha que fazer para permanecer indo em frente.

Sendo muito ambicioso como eu era, fui para o teste e acabei sendo um dos dois guitarristas que sobraram para eles escolherem. Eu me lembro de detonar as canções que eles tinham. Não havia dúvidas de que eu podia tocá-las, mas havia o problema da maquiagem e este tipo de coisa. Bobby Dal me perguntou que tipo de sapatos eu iria usar. Eu fiquei, “como”? Era meio óbvio que aquilo não iria dar em nada.

Enquanto eu estava saindo do teste, C.C. DeVille estava entrando. Ele estava com uma maquiagem de pancake e uma tonelada de laquê. Eu até me lembro de ter pensado “este deveria ser o cara escolhido”. No dia seguinte, recebi uma ligação de Bobby e ele disse, “você é ótimo e tal, mas vamos ficar com este outro cara”. Era C.C. e realmente fez todo o sentido. Eu estive em algumas bandas depois disto, e então montamos o Guns n’ Roses.